União das Republicas Socialistas da Europa

07-01-2023

Findo que está 2022, uma nova era se principia na U.R.S.da Europa, a congénere da já extinta URSS, de cariz ideológico e doutrinário Trótskista, ainda que Trótski fosse comunista bolchevique, e que defende se o social-comunismo como doutrina e ideologia política universal, contrariamente às pretensões Stalinistas, nacional-comunistas, um século separa a criação da URSS da criação da URSE.

Se a URSS de Stalin, foi em 1917 o inicio do comunismo nacionalista, diferente do comunismo maoista chinês, 2023 será o ano da fundação da União das Repúblicas Socialistas da Europa, porquanto que, ideologicamente se irá constituir na agremiação e consolidação do poder único, eliminando o conceito de nação, as repúblicas federais serão, tal como na URSS, dependentes do, neste caso, da cúpula administrativa política e social que se estabeleceu anteriormente, o formato UE, que irá ser elevada à soberania supranacional. 

Os indícios de facto e de jure que se constituem como tiro de partida para esta nova realidade, já  se encontram em curso, Stalin para o completo controlo do poder, iniciou as grandes purgas soviéticas, o livre pensamento, a cultura, o contraditório e até a liberdade de propriedade, foram feitas ou prisioneiras ou executadas pelo regime, na actualidade, as purgas já se iniciaram no ocidente, o caminho para a sovietização do ocidente efetuar-se-á começando pela purga da cultura, do pensamento livre e da propriedade, abolindo-se ou como se verifica antes da completa abolição da cultura ocidental, tornando-a em um fardo de culpas, nefasta aos costumes que se querem impor, tornando a sociedade culpada da sua história, despe se de forma concisa e eficaz, as identidades nacionais, promovendo uma inculturalidade e deste modo, promovendo uma hegeomonia cultural, que não permitirá a diferenciação do povo norte europeu do povo sul europeu, ainda que entre ambos se verifiquem mais diferenças do que semelhanças, a norte temos eslavos, pagãos das culturas viking e conexas, a sul temos latinos, e maioritariamente cristãos.

As purgas soviéticas, tal como as purgas da moderna Europa, pretendem criar o Homo Ignorantus, o crente cego e descerebrado, que vê na nova ordem das coisas a normalidade de ser inútil e ignorante, a escravidão humana física (pelo trabalho em prol do bem comum) e a escravidão intelectual que estas purgas se comprometem trazer, são a versão moderna da ditadura ideológica do século passado soviético.

Porquanto hoje a sociedade europeia, se compraz a ser uma critica exaustiva da história soviética, apontando à desgarrada os crimes perpetuados pela purgas e pelas políticas stalinistas, a mesma sociedade abraçou o seu destino, tal como os soviéticos o fizeram, porquanto a abolição da propriedade, a abolição dos direitos e o jugo da verdade una e indivisível, própria de estados ditadores é hoje a realidade concreta do ocidente europeu, se Stalin aboliu a propriedade agrária privada e a transformou nas comunas agrárias do estado, hoje fecham se propriedades agrícolas por toda a Europa, por um futuro melhor, se a grande fome de 1932 - 1933 na URSS foi culpa das políticas stalinistas, a fome que se irá abater na sociedade ocidental europeia no curto prazo, é para todos os efeitos práticos uma medida stalinista moderna. Stalin, deixou como legado um rasto de sangue, a Europa actualmente constitui-se no sangue que derrama, com as políticas de morticínio a cobro de mentiras e desvaneios de psicopatas, que a troco da morte da sociedade moderna, pretendem regredir no tempo, e constituir a nova sociedade (Homo Ignorantus), os novos escravos modernos.

Também Stalin enveredou pela guerra, com a salva de o ter feito para salvar a Europa do jugo fascista, nazista, Trótski e a sua tese do comunismo universal, não o teria feito, porquanto que, nacional-socialismo é também social-comunismo, ambas representam o alargamento pela doutrina e pela força de políticas e ideologias além fronteiras, a Europa de hoje, tal como Trótski e Hitler, sonham em levar além fronteiras ideologias  e doutrinas, e a completa obliteração de culturas e modos de vida.

Não existe a mínima diferença hoje, das políticas de Stalin na construcção da URSS com as políticas da UE na construcção da nova Europa, no entanto, a Federação Russa hoje, vive sob um legado de sangue stalinista, que o compreendeu e absorveu, tornando se no Homo Sapiens Inteligentis moderno, porquanto o legado sanguinário do passado, deixou como herança o conhecimento e as estruturas, que permitem hoje a sua modernidade, e a sua completa maturidade político-social.

Dos escombros da revolução europeia e a consequente reconstrucção como URSE, o legado e a herança serão somente sangue e pobreza intelectual, a miséria social e a completa destruição das estruturas que o conservadorismo do século passado ocidental erigiu.

Tornamo-nos exactamente naquilo que desconsideramos, naquilo que repudiamos, e quando assim acontece, a falta do conhecimento e da analise crítica sob o escrutínio do fundamento, da razão e da imparcialidade, nada nos resta mais que a escravidão perpétua.

A Europa tornou se o epicentro da nova ditadura moderna, em 1648 a Europa deu um passo certo na sua concepção, banindo as cidades-nação, o feudalismo (percursor do comunismo) e a ordem reinante da nobreza, como exclusiva, o tratado de Vestefália  foi o percursor dos estados-nações modernos, a soberania individual e a sua independência, em 2023 a Europa rasga em definitivo aquilo que a tornou numa sociedade moderna, abdica da sua individualidade e da soberania nacional, para se afiliar como mera república dependente do novo feudalismo, o capitalismo e os seus tentáculos promotores de miséria, morte e sofrimento.

Quatro séculos volvidos, menos um século que o império romano, voltamos à era das trevas, e o mais curioso deste flagelo, é a completa concordância na diminuição do ser humano, que os próprios condenados a tal pena capital, se sujeitam de livre vontade.

Valter Marques


 

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