Seppuku
Serppuku é um termo japonês milenar, inserido no Bushido, o código de ética e conducta dos samurais, é no Bushido que se encontram as sete virtudes que determinam a vida dos samurais ancestrais, o Bushido é o caminho do guerreiro literalmente, determina a vida e a sua conduta perante a sociedade ancestral japonesa, ao guerreiro era exigido um caminho assente em sete pedras basilares, Honra; Compaixão; Integridade; Lealdade; Honestidade; Coragem e Respeito.
O caminho do samurai era o da sapiência, do conhecimento e do dever, enquanto guerreiro o conhecimento das artes da guerra era primordial para a sua sobrevivência, não só dominava a sua arte própria, a sua escola de guerra, como era imprescindível adquirir todo o conhecimento da arte de guerra dos seus oponentes, era também sapiente, não só pela sabedoria das artes de guerra, mas da cultura e dos costumes, o samurai era antes de tudo um estudante eterno do mundo que o rodeava, e estava imbuído do dever da obediência ao seu amo, bem como o dever da sua morte pela lamina, através do combate ou através do suicídio ou utilizando o termo correcto cometer o Seppuku.
Fosse como fosse, ao samurai só lhe restava o caminho da morte, quer fosse na execução das suas artes de guerreiro, quer fosse pela desobediência ao Bushido, o samurai não era um homem livre, nem o poderia nunca ser, pelo que a sua vida dependia da sua astúcia como guerreiro e do estricto cumprimento do código que o define, um samurai fora do seu caminho, era um criminoso perpétuo, e o castigo era uma morte sem honra.
Portanto o Seppuku era uma das certezas de vida dos samurais, a morte não era uma escolha, mas como iria morrer, sim era a escolha, no fundo a morte nunca foi uma escolha na humanidade, simplesmente faz parte da vida morrer.
A razão desta introdução vem de encontro ao actual estado da sociedade, não sendo guerreiros, não sendo sapientes nem conhecedores, não sendo livres, adoptaram o seppuku ou o suicídio por vontade própria, e não se trata de morrer, isso é um acto natural, mas sim a capacidade inata de escolher a morte, inata porque naturalmente essa não se constitui como opção, nem aos samurais, que por certo não adquiriram a faculdade da imortalidade através do Bushido, pelo menos a imortalidade física.
O caminho da sociedade europeia moderna é inverso ao caminho do guerreiro, e adoptaram as novas sete pedras basilares, ainda que as da sociedade sejam a Ignorância, Irresponsabilidade; Desonestidade; Medo; Desrespeito; Mentira e a Superficialidade, tornou este caminho a percorrer não um caminho ético e de conduta solene, mas no caminho da miséria e da morte.
Durante estes 3 últimos anos, a sociedade condenou se a si mesma a uma vida de pequenos passos, foi confinada sem resultados, estava doente mesmo que não estivesse, necessitava de ser inoculada, mesmo que isso significa se a morte, um género de mate-se para não morrer, cada vez morre mais gente e a culpa é do clima, a vida está mais cara a culpa é do Putin, acontecem cheias em zonas residenciais, o clima alterou se, um verão quente alterações climáticas.
Vivemos no mundo dos unicórnios, já não existem só dois géneros, aos géneros temos de somar os transtornos psicológicos dos atrasados mentais, e ficamos com uma miríade de géneros novos, os atrasados mentais, os semi atrasados mentais, os que gostavam de ser só atrasados mentais, os mentalmente incapazes, e por aí fora, temos também para juntar ao pagode, os apanhados do clima, se chove de inverno é um problema climático, se faz calor no inverno é um problema climático, se chove de verão, se não chove, se temos vento ou não, eu acho que nem eles sabem o que dizem, os estúpidos e os ignorantes não possuem a´qualquer conteúdo que mereça a mais breve nota.
Pelo que faz sentido a introdução da eutanásia, eu até concordo que, e em linha com o pensamento milenar que o Bushido retrata com a cerimonia do Seppuku, a sociedade tenha ao seu dispor uma morte por manifesto pedido, na realidade mais tarde ou mais cedo todos morrem.
A liberalização da eutanásia, vai permitir por exemplo, livrar a sociedade dos seus idosos, pelo menos daqueles que, nestes dois últimos anos os trataram como excedentes, peso morto, uma chatice, os lares, as doenças e a quebra da liberdade de ter de tomar conta dos velhos, não que a eutanásia se deva dirigir aos idosos, não, não é essa a minha linha, mas aos que os consideram um peso morto, e a melhor forma de evitar esse transtorno é a cerimonia Seppuku ou a eutanásia, no sentido práctico, matem se é a vossa escolha, não a imponham a terceiros, que a bem da verdade são só vantagens, não lidam com quem vos deu vida na sua fase mais baixa de vida, nem se tornam nos futuros pesos mortos, pois que a vida é uma linha de continuidade e as suas fases são iguais para todos.
A eutanásia é a ferramenta para os males do mundo, não te sentes confortável com a existência de dois géneros?, sem problema, existe uma equipa médica que te ajuda, tens um transtorno no clima?, porreiro temos a solução para ti, uma viagem de ida para o inferno, não gostas do Putin?, tens solução, mata te.
Com esta nova ferramenta, até a fome no mundo se resolve, matas te e és menos um comer, a dependência energética será menor, poupasse a fauna e a flora, acabam as pandemias e as crises, e a redução do carbono à superfície terrestre seria avassaladora, já que depois de enterrados o carbono estaria em confinamento.
Esta ferramenta é bastante útil para ajudar os governos ocidentais a alcançar metas, e por uma vez milhões de inúteis e atrasados mentais providenciariam a solução, mas tudo tem um reverso, o que se apresenta como solução no mundo terreno, é um problema para o diabo, pois é o mesmo diabo que faz da vida um inferno às almas que lá vão parar, mas com esta avalanche de inúteis e estúpidos quem vai ter a vida num inferno é o próprio diabo, e por muito mau que seja, nem o diabo merece semelhante castigo.
Valter Marques