A tragédia grega moderna
A democracia é de facto uma tragédia, nem por meros momentos se conceba a democracia moderna ou ancestral, uma comédia, porque de facto não o é. Na realidade devíamos bombardear os gregos, e fazê-los pagar pela ousadia da promessa de um mundo democrático, a democracia não se desenha para proporcionar nem uma vida de liberdade nem de escolha.
Mas já agora, no que consiste mesmo a democracia?
Nós já reparamos que não consiste no poder do povo ou sociedade, porque o poder do povo não pode simplesmente se cingir ao acto de votar, 30 segundos de democracia a cada 4 ou 5 anos, não é de facto democracia alguma, é um logro.
Democracia deveria significar uma troca, a sociedade concede livremente algum poder a um regime, e espera em troca, que o tal regime democrático faça erigir a vida em sociedade, livre e justa. Democracia deveria ser o trabalho dos eleitos para os eleitores, e não um poço de corrupção, mentira, desordem e caos.
Pelo que, e atendendo a Platão e ao seu conceito do regime democrático, vivemos actualmente no olho do furacão da dita democracia….
E que consequências trarão este furacão ao mundo ocidental democratizado?
Na melhor das hipóteses, será uma limpeza do regime democrático completo, na pior, só deixará destroços…
Vivendo a tragédia ao vivo.
O mundo ocidental, tido como uma verdadeira democracia, é neste preciso momento, um mundo em colapso, em completa destruição, e isto tem custos.
A sociedade ocidental embrenhou-se na falácia que a mesma criou, é por suas próprias palavras uma democracia de pleno direito. Bem, a única coisa que tem direito é o facto de serem estúpidos, de não saberem o que significa democracia, nem para que serve.
A democracia é o regime da força bruta, se a mesma significa "o poder do povo", e o povo é burro, impera a força. E pela força não se obtêm resultados democráticos, em lado nenhum.
Uma sociedade sapiente e equilibrada cognitivamente, refuta qualquer democracia, onde impera a inteligência, jamais a força é necessária, a força da inteligência é sobejamente suficiente, e por este facto, o ocidente está eliminado da equação.
Deixem me mostrar uma realidade que poucos conhecem, e que muitos mais ignoram: Portugal foi durante 40 anos, tudo menos democrático. Até 1975 Portugal era uma potência mundial, em termos políticos e económicos, Portugal estendia-se da Europa à Asia e a Africa, venceu o terrorismo (o único país do mundo a fazê-lo!!!), criou a multiculturalidade entre os povos do Império Ultramarino Português, industrializou-se, construiu escolas, hospitais e universidades, estradas, pontes e ferrovias, lançou as bases do SNS, da Segurança Social, a Divida externa era inexpressiva (menos de 5% do PIB). Isto sem a tal dita democracia…
Após o golpe de estado de 1975, e a entrada da democracia em Portugal, passa ao retrocesso civilizacional. A Democracia portuguesa (tal como todas as restantes) destruiu o SNS universal e gratuito, destruiu a Segurança Social, destruiu a educação, a justiça e o Estado, destruiu a indústria e a economia (a divida externa portuguesa é superior a 100% do PIB).
A democracia, tal como Platão previu, é a porta de entrada para a corrupção, para a repressão e, tal como bem descrito por esse grego ateniense, o caminho para a ditadura, a supressão da inteligência em prol da força. Ele tinha razão.
A União Europeia e a democracia.
Esta é a piada de mais mau gosto que se pode falar, a UE é na realidade, a conjunção de duas linhas ideológicas do pensamento comunista, o socialismo soviético (o controlo total e absoluto da sociedade pelo Estado), e o comunismo maoísta chinês (o controlo do individuo às normas culturais e de estratificação de classes normatizadas pelo Estado).
A UE é o producto final da democracia, uma ditadura sem precedentes.
Não só a UE, mas como os seus satélites de controlo, NATO, FMI, BCE, OMS, nada existe de democrático nestas instituições, nem tão pouco humanísticas.
As consequências da democracia.
A primeira grande consequência é a guerra, a democracia é um acto de força e não de inteligência, olhando a um passado recente, a democracia condenou à morte a Ucrânia e o seu povo, pela mão da democracia, extingue-se um povo, uma cultura e um país. A Ucrânia actual, ainda não é o producto final desta guerra, mais irão morrer, e mais território a democracia ocidental irá forçar a Ucrânia a perder, no fim, quando ucranianos (os que sobrarem) fizerem contas ao seu destino, e aos custos da democracia, irão perceber (tardiamente, como sempre acontece nestes casos) que a democracia prometida é nada menos que a destruição total.
A mesma democracia que destruiu a Ucrânia em 2022, é aquela que destruiu o médio oriente, a Síria, o Iraque, a Líbia e o Irão, é a mesma que corrompeu Yemen, Niger, Burkina Faso e o Sudão. A mesma democracia que por cinco décadas isola Cuba.
Curiosamente, a democracia destruiu os seus apóstolos, Alemanha, França, Inglaterra, Portugal, Espanha, Itália e Grécia, e o seu mentor, Estados Unidos da América.
Curiosamente também, esta democracia ocidental, defensora dos oprimidos, da liberdade de expressão, da multiculturalidade racial (e não só), é a mesma que promove hoje um holocausto (um genocídio consentido e aprovado) na Palestina, que proibiu a arte, a cultura e o acesso aos conteúdos provindos da Federação Russa, que do mesmo modo, oprime, condena e proíbe o contraditório.
A democracia é uma tragédia grega, que assola o mundo.