A diáspora de Israel
E o IV Reich Sionista
A recente escalada de violência no Médio Oriente, não é de facto nem de jure, um conflito entre judeus e palestinianos. O cariz religioso que se imprime no conflito, é uma percepção ilusória criada pelo mundo ocidental, na ausência de qualquer vontade política de paz, quem paga o pato é Deus, seja ele qual for.
A diáspora judaica é milenar, e tem sido sempre problemática, expulsos da Mesopotâmia, expulsos do Egipto, e recentemente expulsos da Europa. O problema judaico é ideológico, assenta no falso conceito de que são os escolhidos por Deus. Uma dúvida se levanta, que Deus ou divindade assim o deliberou? De entre a variedade de figuras divinas, mesmo escolhidos pela Divindade que veneram, Jeová ou Javé (do ancestral YeHoVaH) é, no entanto, um entre muitos, todos legítimos e todos válidos o suficiente.
O que nos traz aos dias de hoje.
O Estado de Israel é uma invenção do Império Britânico, não é na realidade um Estado ou nação que emergisse de forma natural da sua cultura, hábitos e costumes em algum sítio geográfico e que por lá, de forma natural, se estabelecesse. Nem tão pouco foi formado com os necessários atritos pela estabilização social, política e temporal. Israel existe porque assim foi desenhado e imposto.
Todavia, o problema não é o povo verdadeiramente judeu e israelita, nem tão pouco da existência de um Estado de Israel, mas do sionismo, e o Estado de Israel hoje, é antes de ser judeu, um conceito ideológico sionista, a pura facção terrorista do judaísmo.
O sionismo é uma doutrina de morte, uma organização criminosa, não um credo religioso. Culpar o judaísmo pelas atrocidades cometidas contra a humanidade, não é de todo verdadeiro, o judaísmo é culpado do seu próprio extermínio.
Devemos ter em nota, que nos campos de concentração nazis, os judeus encarcerados e na linha da morte, eram guardados e vigiados por judeus, não deixa de ser irónico, que no momento mais negro da história moderna judaica, os Kapos, uma divisão administrativa das SS alemãs, era constituída por judeus, tinham como função a guarda dos seus pares, participando na tortura, espancamento e até na morte do seu próprio povo, muitos deste judeus sionistas, integraram as Waffen SS em 1942.
Entender o sionismo, não é difícil, basta nos recuar ao III Reich alemão e á sua doutrina anti-humana, o Nazismo.
Ambas as doutrinas ou ideologias, são na realidade, os mais puros e refinados gémeos, frutos da mesmo pai e mãe, a política segregacionista, racista e de domínio, e os políticos sanguinários, anti humanidade e niilistas.
O sionismo é o novo nazismo.
Em termos ideológicos e doutrinários, o nazismo admitia a segregação e xenofobia, considerava-se a raça suprema, e desenhou de forma vil e brutal, verdadeiros campos de morte, o nazismo não exterminou em exclusivo judeus, exterminou também 10 milhões de cristãos, entre as mesmas paredes dos campos destinados aos judeus, nos mesmos guetos, e através das execuções sumárias e desproporcionais.
Hitler, prendeu o seu primo, um judeu Khazar, Louis Rothschild, e obteve do sionismo judeu o apoio financeiro necessário para a sua demanda, episódio que ficou conhecido como "o grande resgate", e que anos depois, se demonstraria como "a grande farsa de Hitler".
Voltando a Israel dos dias de hoje, construída a lápis pelos mesmos que financiaram o holocausto (o sionismo judeu e o império britânico) e a II guerra mundial, anexaram pela força e deportação as terras palestinas (há cerca de 75 anos que assim o é), e criaram o gueto de Gaza, onde a desumanização de um povo é perpetuada diariamente.
Hamas, o filho revoltado.
O Hamas é um criação do sionismo israelita/EUA, o Hamas foi criado, treinado e armado pelo sionismo mundial, como resposta ao Hezbollah irano-libanês, no intuito de evitar uma guerra entre estados. Transferindo o conflito armado, na forma de terrorismo para organizações paramilitares, tal como os EUA criaram na década de 70 os talibans no Afeganistão, o Hamas foi criado na Palestina, o mesmo conceito, o mesmo propósito.
Israel conferiu ao Hamas o suporte legal político (como força política eleita pela Palestina após a desintegração da OLP) e os EUA o suporte militar. O Hamas, tal como os talibans, possuíam um duplo sentido e uma dupla utilidade, primeiro como força dissuasora, militar em termos externos e política em termos internos, os kapos modernos do seu próprio povo. Numa segunda fase, o Hamas poderia ser utilizado como pretexto para uma nova guerra ao terrorismo, tal como os talibans.
Contrariamente ao esperado, o Hamas não partilha da filosofia sionista dos kapos antigos, nem modernos, a traição ao seu povo não faz parte do seu modus operandi, xiitas não se traem mutuamente, nem sunitas.
A revolta do Hamas, era de certa forma expectável, uma questão de tempo, bem com a união da península Arábica, e está em curso, e mais uma vez, os judeus vão pagar caro, algo que o sionismo se predispõe a suportar e escalar.
O IV Reich Sionista.
A II guerra mundial e o fim do III Reich Alemão, será aos olhos do futuro, uma brincadeira de crianças, caso se opte pela conflagração militar na Península Arábica. A recente disputa no leste europeu, foi a grosso modo, um balão de ensaio, a Ucrânia apoiada pelo nazismo/sionismo ocidental, contra as forças emergentes do Sul Global. O nazismo moderno europeu foi brutal e inteligentemente derrotado no leste europeu, e o sionismo conhecerá o mesmo desfecho na Península Arábica, no entanto com as devidas diferenças.
A III Guerra Mundial, começou exactamente no final da II Guerra, tem sido uma guerra silenciosa, mas esses tempos de silencio e paz relativa terminaram, tal como irá terminar a diáspora judaica, e novamente o sionismo judeu é o carrasco do seu próprio povo, está-lhe no âmago a morte, a desordem e o caos, se os judeus não conseguem viver em paz consigo mesmo, nunca o poderão fazer em comunidade, e esse facto é bíblico até, começou com a sua expulsão da terra prometida por Deus.
Valter Marques